segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sale el sol



Estas semanas sem ver-te pareceram-me anos, mas sempre soube que depois da tormenta sai o sol, sempre me dizeram isso e sempre acreditei.
Tanto choveu por cá, vendabais incríveis assombraram a minha estabilidade; o vento parecia que me levava com ele para onde quisesse; a neblina não me deixava ver o que estava certo e o que estava errado; os tremores de terra abalavam com a minha cabeça até ela ficar confusa; os ruídos ecoavam, gritavam na minha mente; as águas inundavam os meus olhos.
Eu caí, admito, fiquei imunda, o chão estava cheio de lama. Não tive quem me levantasse porque não o permiti, quando me tentavam dar a mão eu finjia que escorregava devido às mãos escorridias de tão imunda que eu estava. Não sei como fui tão egoísta comigo própria ao ponto de não deixar que limpassem todos os cacos da tormenta à minha volta, eles eram os meus amigos, são os meus amigos; queriam óbviamente um sol à minha volta, moveriam as nuvens para eu o ter só para mim, sei que o fariam, mas a neblina deixava-me realmente cega. O significado de amizade para mim tinha sido completamente riscado pelas minhas canetas sem tinta, mas o significado sempre esteve vísivel para quem não me dessasosegou um segundo, apenas invisível para os meus olhos lagrimosos.
Os ventos que me levaram foram os mesmos que me despertaram e me trouxeram de volta para o meu mundo, juntos re-construímos este meu pequeno mundo. Mas a verdade é que esta tempestade me mudou por dentro, o meu coração mudou de sítio e parece mais difícil de ser tocado, foi a consequência da lição da agónia que passei.
Sou um coração de pedra, no fundo com vontade de ser tocado. Sou dura com as minhas palavras, magoou quem não merece, mas foi mesmo nisto que a vida me tornou. Mesmo assim sou melhor do que aquilo que ela me permite ser.
Ou era, porque o Sol apareceu e iluminou a parte sombria que havia em mim, já não guardo rancor e estou a ficar pura. Tu voltas-te e despertaste-me um desejo ardente de ser quem eu era, sinto-me forte, álias, fazes-me sentir forte e sei que o sou. Depois da tempestade és o meu porto seguro, és o meu pilar.
Olha meu amor como o Sol brilha só para nós, olha como a estrelas nos sorriem e deixa a nossa história ficar nelas cravada, deixa sermos uma parte do universo, porque tu és o meu, deixa sermos eternos, num espaço sem fim, onde ainda conseguimos ser tudo para nós, deixa que alguém dê aos astros os nossos nomes. Deixa o nosso amor ser como Vénus, ardente e recheado de calor, calor que não queima este nosso sentimento.
És meu, eu sou tua, somos eternos em nós e vamos sempre ultrapassar quantas tormentas quiserem passar por nós. Elas nos sorrirão sempre, sertir-se-ão elas devastadas, pois não resistirão de inveja ao nosso Sol que volta sempre a brilhar.

8 comentários:

  1. Sim sou eu :')
    Comparado contigo, não mesmo :$ Acredita sabes encontrar as melhores palavras para tudoo :)

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  2. obrigada querida , de facto a tua ajuda melhorou o modo em que eu estava , obrigada :)

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  3. Desculpa só responder agora ao comentário que fizeste ao meu blogue "As palavras também voam". A falta de tempo não me permitiu que o fizesse mais cedo.

    Não conhecia a escritora, mas pelo que vi no site pessoal dela parece ser muito boa. Fiquei muito contente pelo teu comentário, obrigado a sério :))

    Beijinho:)

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  4. não canta , ela toca-a no piano no funeral *-*

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