domingo, 28 de novembro de 2010

21.11.2010


Sabem aquela coisa que queremos desde sempre, que sonhamos com ela dia e noite e depois quando acontece ficamos super-desiludidos porque não era nada daquilo que sonhavamos? Foi isso que me aconteceu (...)
Desde pequenina que tinha uma paixão louca pela Shakira.
Dia 21 de Novembro de 2010, aos meus quase-15-anos, esse meu sonho estava a realizar-se, já tinha levado meses a imaginar como seria esse dia, mas naquele momento soube que não precisei de sonhar mais, as minhas expectativas eram tão altas que para supera-lás seria preciso muito mais daquilo que sonhava ser, acho que eu própria sabia disso.
Dado que tinha um bilhete especial (hot ticket) esperava-se ter muitas mais regalias que os bilhetes normais, mas afinal de contas a única vantagem foi ter entrado antes de toda a gente, o merchadising e a uma prenda da Shakira (um colar relógio muito bonito), mas não era isso que pensava ser, pensava que fosse estar c/ ela.
Apesar de ter ficado mesmo à frente dela, primeira fila; apesar de ter tocado o seu olhar, não estou satisfeita, nada satisfazeu.
Quando a vi senti que já tinha estado naquele lugar, que já a tinha visto ao vivo, todos os seus traços, o seu jeito. Foi tão estranho, foi como um dejavú ...
Voltei para casa, após uma longa noite/dia e viagem comprida, muito desiludida, mas feliz ao mesmo tempo, ao menos fui, realizei o meu sonho e aprendi a lição desse dia, não foi um fracasso como a minha mãe diz ser. Ao menos já não passará apenas de um sonho, mas prometo que irei a mais concertos delas, porque apesar de tudo eu continuo a adorá-la.
Mas às vezes ponho-me a pensar "porquê idolatrar alguém que nunca falei? Alguém que nunca esteve comigo?" somos tão estranhos, nós humanos. Mas agora só posso concluir que a filosofia anda-me a dar cabo do juízo; não preciso de pensar nisto, idolatro e pronto.
Não vou mais desviar o assunto: foi o primeiro concerto, mas não o último ao qual fui, dela.
Vou aprender a não sonhar tão alto e a queda nunca será tão grande, vou aproveitar aquilo que terei e não aquilo que está no máximo do meu querer. 21.11.2010*
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